domingo, 8 de março de 2015

Jazz



Quando eu era adolescente não tinha interesse nenhum em qualquer tipo de música - só em aberturas de anime. Posteriormente, na fase do 14-15 anos comecei a ser influenciado pelo "pagode" local cuja as letras têm forte teor machista. Ainda bem que mais a frente eu perdi o interesse nisso.

Na faixa dos 17-18 anos eu comecei a me interessar por MPB, até hoje escuto, gosto bastante. Mas "musicamente" falando, me interessar por Jazz foi a melhor coisa que me aconteceu.

Eu não me interessei diretamente. O que abriu o caminho foi o fascínio imenso pelo historiador britânico Eric Hobsbawm (1917-2012). Queria ser igual a ele e por isso passei a comprar, ler e estudar bastante seus livros. Por conta disso, passei também a me interessar por Jazz, já que o Hobsbawm era considerado o "historiador do jazz".

Seu livro "História social do Jazz" é simplesmente fantástico. O que esse livro contou me fez gostar ainda mais do jazz. Nele, Hobsbawm explica que o Jazz foi uma criação revolucionária dos negros, um elemento de resistência às circunstâncias cruéis em que foram submetidos durante séculos. Me identifiquei muito com esse relato, até porque eu sou negro. 

Desde então, tenho me dedicado ao Jazz. Não apenas escutando grandes músicos como John Coltrane, Miles Davis, Nina Simone, Charles Mingus, Charlie Parker, etc., (melhor parar senão toma todo o espaço), como também tenho me dedicando a estudar esse gênero, conhecer sua história e, quem sabe, até tocar um dia.

Querer ser como Hobsbawm só me trouxe benefícios. Além de seus livros terem  me feito gostar do jazz, ainda me tornou muito bom em história. O triste é que ele morreu no dia do meu aniversário. 

Acusação injusta na televisão

Era noite, meu vizinho começou a receber sucessivas mensagens em seu Whatsapp. Ao lê-las, foi tomado pelo susto. Soube que seu rosto aparece...