Os revolucionários invadem a casa Ipatiev onde estão o Czar Nicolau II e sua família. Estão lá a mando de Lênin. Estão lá para executar o Czar, que morre sem resistência. Sua mulher também é assassinada. O médico da família ainda resiste, mas sucumbe às balas dos revolucionários. A camareira da imperatriz se esconde no armário, mas é descoberta e também é executada.
Os revolucionários gritam "morte à burguesia" enquanto caçam um cozinheiro do Czar pela casa. Ao ser encontrado, o cozinheiro implora pela vida, diz não ser burguês, os revolucionários conversam entre si:
- O que fazemos com esse cozinheiro? Ele não é burguês.
- Mata!
- Mas por quê?
- Porque ele é cúmplice do Czar.
E assim o cozinheiro virou mais uma vítima dos revolucionários. Mas será que são mesmo revolucionários? Há quem os chame de golpistas, já que derrubaram uma instituição liberal. Mas é outra história.
Sobrou ainda seis pessoas na casa. O servo do Czar conseguiu balear um dos revolucionários, mas foi morto. Sobraram ainda cinco crianças - um menino e quatro meninas. Os revolucionários não sabem o que fazer.
- E agora o que faremos?
- Mataremos essas crianças.
- Ficou doido? São só crianças, civis inocentes.
- Mata. Não existe civis inocentes na burguesia.
- Mas essas crianças não são ameaças.
- Mata, rapaz! Eu estou mandando. Milhões de crianças pobres morrem diariamente e ninguém diz nada, e agora você dá chilique por causa de fedelhos burgueses?
- Não vejo motivo pra fazer isso. E você acha que matar essas crianças inocentes irá trazer de volta alguma criança pobre que morreu ?
- Chega de conversa, morra, rapaz!
Um revolucionário mata o outro.
- Zirkov mata essas crianças. No contexto revolucionário se pode tudo.
- Diferente do outro, Zirkov é impiedoso - ele fuzila as crianças.
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