quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Marxismo, a filosofia da liberdade



Certamente um conservador ou um reacionário ficariam pasmos com o título desta crônica. "Como ele pode pensar que Marxismo é liberdade, mesmo depois do socialismo real ter de tudo, menos liberdade", diria o conservador.

Eu, sinceramente, não consigo ver o socialismo real como marxista. Em nenhum dos países onde ocorreu o socialismo real a classe trabalhadora tomou o poder do Estado burguês. Somente pessoas que não tem nenhuma noção do que seja marxismo acham que o socialismo real foi marxista. Embora alguns autointitulados "comunistas" digam que os "reaças" não sabem o que é, de fato, marxista, eles também não sabem, afinal ainda idolatram ditadores que nada tinham de marxista, achando que isso é ser marxista. É o sujo falando do mal lavado.

Críticas à parte, o marxismo é, sim, uma filosofia da liberdade. Tem uma postura humanista que é inspiradora, é autoconsciente, e sobretudo anticonformista com o status quo - não é a toa que reacionários e conservadores detestam o marxismo. Além disso, busca a libertação do homem diante de sua alienação, coisificação e mercantilização. 

No entanto, Marx é, hoje, um clássico. Seus escritos não devem ser usados como manual político, pois ele adotou um princípio hoje desacreditado. O Manifesto do Partido Comunista hoje em dia não serve para ser aplicado.

De qualquer forma, acho esse manifesto, o maior panfleto político de todos os tempos e Marx, um dos maiores filósofos. 

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